domingo, 16 de fevereiro de 2020

No Caminho - Uma cidade Medieval








Sou uma entusiasta admiradora da história da humanidade.
A viagem sonhada para a Itália, planejada com muita antecedência, despertara, como outras vezes, minha vontade de descobrir novas culturas e arquiteturas de outras épocas. Fiz planos maravilhosos, como conhecer o Coliseu, Vaticano, Davi de Michelangelo, as gondolas de Veneza, o balcão em Verona do cenário de Romeu e Julieta, o Teatro del Silenzio, em Lajatico, na terra natal de Andrea Bocelli e muito mais.
Éramos um grupo eclético de 9 pessoas numa viagem de intercâmbio cultural e de conhecimento, coordenada pela Literarte.
Saímos de Roma dia 25 de abril, quinta-feira, em dois carros alugados rumo a Firenze.
A viagem de carro pela Toscana foi uma experiência inesquecível. Como desbravadores em terras desconhecidas, lá estávamos nós, rumo ao desconhecido de olhos abertos e alma acolhedora.
Conforme os quilômetros foram nos afastando de Roma, região do Lácio para a região da Toscana fomos admirando a mudança geográfica do cenário, onde predominam morros e colinas. Tudo empolgante.
No caminho, de repente, uma cidade medieval; a pequena comuna ficava ao pé de uma colina e sua parte mais antiga localizada no topo.
Enquanto empreendíamos a caminhada pelas ruas estreitas na parte alta, a mais antiga, fomos nos informando sobre a comuna. Chamava-se Colle di Val d’Elza. O nome singular traduzido é Colina (Colle) no(di) Vale (Val) do (Rio) Elsa (d’Elsa).
Colle di Val d’Elsa surgiu no século X. Sua história é caracterizada por episódios frequentes de violência entre guelfos e gibelinos. Suas batalhas  tiveram importante papel sobre o equilíbrio político da Toscana.
No século XIX, ficou conhecida como a “Cidade de Cristal”, a Bohemia da Itália, chegando a ser responsável pela produção de 15% dos cristais do mundo.
Na caminhada passamos pela Igreja de Santa Maria in Canonica, pelo Palazzo del Comune do século 13 (que é atualmente o Museo civico e d’arte sacra) e o Duomo di Colle di Val d’Elsa, iniciado em 1603, que tem a torre do relógio e do sino. No prédio municipal fixada, uma placa de Giuseppe Garibaldi, o que me fez pensar que ele, o Garibaldi, conhecido por nós brasileiros foi importante por ali.
Naveguei no tempo, pisei nas calçadas de pedras irregulares, passei por seus portais, admirei sua igreja, seus museus, sua história e, por pouco tempo fiz parte da sua medieval cultura.
Que momento surpreendente vivi naquele cenário, naquela região! Por um instante pude entrelaçar minha alma com as raízes que alicerçaram aquela terra e sua história.
O almoço no restaurante Dietro Le Quinte, em uma casa medieval, localizada no centro histórico da cidade, debruçada sobre os campos de Chianti e a gostosa macarronada italiana acompanhada de uma taça de vinho da região, foi o arremate especial para guardar na memória este local incrível e histórico que tanto me encantou.
São tantas histórias viajantes do tempo!

Ilha de Santa Catarina, outubro de 2019.
Eloah Westphalen Naschenweng





sexta-feira, 31 de janeiro de 2020


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Valsa Derradeira


Valsa Derradeira


Quero dançar esta valsa derradeira, para que o tempo imóvel possa recolher e trazer luares perdidos e na alma o tremor e a agitação à espera de um longo voo.

Nas cores de auroras e no calor abrasado do sol anunciante, em tuas mãos buscarei o toque seguro e no encanto o compasso e o descompasso de um coração esperançado.

No ritmo e nos volteios cautelosos e tímidos dos passos terei teu sorriso abrandado e o teu olhar cheio de luz.

Verei a emoção mover-se agarrando-se ao momento, e no arrepio da pele espantada o renascer mudo de um sentimento que se redime.

Alheia e silenciosa, serei a quieta planície, a terra que revolta cria novas raízes, a rústica planta perdida, as 
flores faceiras, as rosas rainhas, o eco e o suspiro do mundo, a chama viva  e a alma do universo.

Agarrada a este  céu de encantos que no tempo o amor guardou, cúmplice  deste sonho que nos enleia, farei deste momento íntimo,  mesmo que por segundos, o céu que pleno revoa.


domingo, 26 de janeiro de 2020

No Tempo das Saudades e das Caminhadas



Amigas, eternas amigas!
   Muitos sorrisos
e gargalhadas também.
Por que não?
Entre taças de vinhos
a conversa rola
dividindo a vida, os sonhos,
 os sucessos, as viagens,
e as perdas também.
O tempo vai escorrendo
selando a amizade
e enfeitando a bagagem das memórias
no tempo das saudades e das caminhadas...



sábado, 25 de janeiro de 2020

PORQUE HOJE É DOMINGO




 Porque hoje é domingo

Porque hoje é domingo e a pressa descansa.
Porque o tempo corre devagar como quem, tranquilamente, deixa a alma do universo se harmonizar.

Porque na morosidade que se enrosca no meu leito a esconder-se em meus lençóis, sinto a beleza do dia que se infiltra na janela enfeixada por este fio de luz que transcende nas cortinas.

Porque o silêncio veste a quietude da manhã ao som da brisa que passa beijando a natureza com a leveza e o carinho, transfigurados.

Porque serena a voz do amor que não ousa, mas sente; achega-se, lentamente, como música que ressoa e faz das memórias um templo de oração.

Porque aceito as lembranças adormecidas para voar no infinito, como as aves em sua fulgurante graça a abanar suas asas deixando-se simplesmente levar.

Porque é o desejo da volta, ou mesmo do reviver, que me leva à fonte do querer, do sonho e da emoção e te faz, eterno, nos versos que rabisco, porque em segredo em mim, ainda, vives.

Do meu livro " Porque Hoje é Domingo".

O lançamento foi em abril na 33º Feira do Livro em Genebra/Suiça no stand da Cultive Litterature Art Solitarité.


Revista Portugal Mag.Paris/França- Editor Adélio Amaro - março 2019




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